terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sucesso: Sorte ou Trabalho Duro




autor: Robert D. Foster (adaptado)

Certo empresário, fundador de uma bem-sucedida cadeia de restaurantes, disse: “Parece que quanto mais duramente eu trabalho, mais sorte tenho”. Para algumas pessoas realmente o que conta é a sorte. Você acredita em sorte?

Será que foi sorte que transformou a Coca-Cola de um remédio insignificante contra dor de cabeça em uma bebida internacionalmente conhecida e líder de vendas? O conceito dos \"Jeans Levi’s\" que passou a utilizar rebites em vez de botões, foi uma decisão de sorte em resposta à necessidade que os mineradores tinham?

Esteve a sorte ou o acaso envolvidos na determinação da Swanson Company quanto ao que fazer com 260 toneladas de sobras de peru? A idéia inovadora de “TV Dinners\" (refeições prontas), partiu de um vendedor da Swanson, que se lembrou dos dias em que servia o exército e das bandejas com três divisões em que eram servidas as refeições. O resultado de aplicar um costume militar ao problema de toneladas de sobras de alimento - pratos congelados compostos de peru e dois acompanhamentos - rapidamente se transformou num conceito inovador para servir refeições rápidas e que foi de encontro às necessidades de uma sociedade superatarefada e em transformação.

Sorte nos negócios ou em qualquer empreendimento, decorre de trabalho duro, criatividade, percepção e obstinada determinação de tirar proveito das oportunidades que se apresentam. A Bíblia menciona notáveis circunstâncias que apóiam esta opinião:

Foi pura sorte um cordeiro estar preso aos arbustos no alto do monte Moriá para que ele – e não Isaque – fosse oferecido por Abraão como sacrifício a Deus? (Gênesis 22.13).

Foi por mero acaso que José se tornou primeiro-ministro do Egito, posição que lhe permitiu intervir em favor do povo de Israel durante o período de fome? (Gênesis 45.8).

Foi sorte – estar no lugar certo, na hora certa – as águas se deterem formando um paredão para que os filhos de Deus pudessem passar em terra seca? (Êxodo 14.22).

Foi uma grande sorte Esther ter se inscrito no concurso de beleza que escolheria a rainha da Pérsia, salvando assim seu povo da destruição (Ester 4.13-14).

Instinto, senso de oportunidade, condições de mercado e trabalho duro, tudo isso faz parte da fórmula do sucesso. Mas gostaria de sugerir uma consideração adicional: o papel da Divina Direção ou “Providência”, expressão preferida dos Pilgrims, os primeiros colonos puritanos, que ousaram empreender a jornada da Inglaterra ao litoral do Novo Mundo.

Alguém escreveu: “Deus, Único Soberano, que Teus eternos propósitos sejam revelados, moldem todos os eventos, tanto moral quanto físicos.” Podemos não compreender completamente, mas a Providência de Deus está de tal modo combinada com a liberdade humana, que não admite fatalismo. Ela precisa estar ligada à Sua justiça, poder e benevolência.

Considere esta certeza extraída das Escrituras: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que O amam, dos que foram chamados de acordo com o Seu propósito” (Romanos 8.28).

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

INSUBSTITUÍVEL




Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua
equipe de gestores.
Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça:
"ninguém é insubstituível" .

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.
Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça.
Ninguém ousa falar nada.

De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o
atrevido:
- Alguma pergunta?

- Tenho sim.
-E Beethoven ?
- Como? - o encara o diretor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu
Beethoven?

Silêncio.....

O funcionário fala então:

- Ouvi essa estória esses dias, contada por um profissional que
conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.

Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas,
no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da
organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no
lugar.

Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank
Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os
Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein?
Picasso? Zico? etc...

Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que
sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto,
são sim insubstituíveis.

Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado
para alguma coisa.

Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e
começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando
no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar
seus 'erros/ deficiências'.

Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era
instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico ...

O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de
arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus
talentos.

Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e
voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro.
Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar as
fraquezas' de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder/
técnico, que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert
Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo. E na
gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.

Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios
seriam retos não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem
homens, nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados. . .
apenas peças.

Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões morreu .
Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e
falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com a
'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo,
chamamos:.... Ninguém ... pois nosso Zaca é insubstituível"

Portanto nunca esqueça: Você é um talento único... com toda certeza
ninguém te substituirá!

"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo..., mas posso
fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer
o pouco que posso."

"No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é...,
e outras..., que vão te odiar pelo mesmo motivo..., acostume-se a
isso..., com muita paz de espírito...".

É bom para refletir e se valorizar!

Um bom dia..... insubstituível!!!!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O Segredo do Casamento




Meus amigos separados não cansam de me perguntar como eu consegui ficar casado trinta anos com a mesma mulher. As mulheres, sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo.
Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo.
Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas, dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue.
Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade, já estou em meu terceiro casamento – a única diferença é que me casei três vezes com a mesma mulher. Minha esposa, se não me engano, está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes do que eu.
O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher. O segredo no fundo, é renovar o casamento, e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal. De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos, é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, voltar a se vender, seduzir e ser seduzido.
Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial? Há quanto tempo não fazem uma lua de mel, sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção?
Sem falar nos inúmeros quilos que se acrescentaram a você, depois do casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 quilos num único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo? Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo e a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge.
Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é sua esposa que está ficando chata e mofada, são os amigos dela (e talvez os seus), são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração. Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo círculo de amigos.
Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento. Mas, se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas, e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior.
Não existe essa tal “estabilidade do casamento”, nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos. A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma “relação estável”, mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensando fazer no início do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, por que não fazer na própria família? É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo.
Portanto, descubra o novo homem ou a nova mulher que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo e interessante par. Tenho certeza de que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso, de vez em quando é necessário casar-se de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.
Stephen Kanitz é administrador por Harvard (www.kanitz.com.br)
Editora Abril, Revista Veja, edição 1922, ano 38, nº 37, 14 de setembro de 2005, página 24

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O Poder de Uma Atitude

Um dia, quando eu era calouro na escola, vi um garoto de minha sala

caminhando para casa depois da aula.



Seu nome era Kyle.

Parecia que ele estava carregando todos os seus livros.



Eu pensei:



‘Por que alguém iria levar para casa todos os seus livros numa

Sexta-Feira?

Ele deve ser mesmo um C.D.F’!



O meu final de semana estava planejado (festas e um jogo de futebol

com meus amigos Sábado à tarde), então dei de ombros e segui o meu caminho.



Conforme ia caminhando, vi um grupo de garotos correndo em direção

a Kyle.



Eles o atropelaram, arrancando todos os livros de seus braços, empurrando-o de forma que ele caiu no chão.



Seus óculos voaram e eu os vi aterrissarem na grama há alguns

metros de onde ele estava. Kyle ergueu o rosto e eu vi uma terrível tristeza em seus olhos.





Meu coração penalizou-se! Corri até o colega, enquanto ele

engatinhava procurando por seus óculos.



Pude ver uma lágrima em seus olhos. Enquanto eu lhe entregava os

óculos, disse: ‘Aqueles caras são uns idiotas! Eles realmente deviam

arrumar uma vida própria’. Kyle olhou-me nos olhos e disse: ‘Hei, obrigado’!



Havia um grande sorriso em sua face. Era um daqueles sorrisos que

realmente

mostram gratidão. Eu o ajudei a apanhar seus livros e perguntei

onde ele morava.



Por coincidência ele morava perto da minha casa, mas não havíamos

nos visto antes, porque ele freqüentava uma escola particular.



Conversamos por todo o caminho de volta para casa e eu carreguei

seus livros. Ele se revelou um garoto bem legal.



Perguntei se ele queria jogar futebol no Sábado comigo e meus

amigos. Ele disse que sim. Ficamos juntos por todo o final de semana e quanto mais eu conhecia Kyle, mais gostava dele.



Meus amigos pensavam da mesma forma.



Chegou a Segunda-Feira e lá estava o Kyle com aquela quantidade

imensa de livros outra vez! Eu o parei e disse:



‘Diabos, rapaz, você vai ficar realmente musculoso carregando essa

pilha de livros assim todos os dias!’.



Ele simplesmente riu e me entregou metade dos livros. Nos quatro

anos seguintes, Kyle e eu nos tornamos mais amigos, mais unidos. Quando estávamos nos formando começamos a pensar em Faculdade.



Kyle decidiu ir para Georgetown e eu para a Duke. Eu sabia que

seríamos sempre amigos, que a distância nunca seria problema. Ele seria médico e eu ia tentar uma bolsa escolar no time de futebol. Kyle era o orador oficial de nossa turma. Eu o provocava o tempo todo sobre ele ser um C..D.F.



Ele teve que preparar um discurso de formatura e eu estava super

contente por não ser eu quem deveria subir no palanque e discursar.



No dia da Formatura Kyle estava ótimo.



Era um daqueles caras que realmente se encontram durante a escola.

Estava mais encorpado e realmente tinha uma boa aparência, mesmo usando óculos.



Ele saía com mais garotas do que eu e todas as meninas o adoravam!

Às vezes eu até ficava com inveja.



Hoje era um daqueles dias. Eu podia ver o quanto ele estava nervoso

sobre o discurso. Então, dei-lhe um tapinha nas costas e disse: ‘Ei,

garotão, você vai se sair bem!’



Ele olhou para mim com aquele olhar de gratidão, sorriu e disse:



-’Valeu’!



Quando ele subiu no oratório, limpou a garganta e começou o discurso:



‘A Formatura é uma época para agradecermos àqueles que nos ajudaram durante estes anos duros. Seus pais, professores, irmãos, talvez até um treinador, mas principalmente aos seus amigos. Eu estou aqui para lhes dizer que ser um amigo para alguém, é o melhor presente que você pode lhes dar.Vou contar-lhes uma história:’



Eu olhei para o meu amigo sem conseguir acreditar enquanto ele

contava a história sobre o primeiro dia em que nos conhecemos. Ele havia planejado se matar naquele final de semana! Contou a todos como havia esvaziado seu armário na escola, para que sua Mãe não tivesse que fazer isso depois que ele morresse e estava levando todas as suas coisas para casa.



Ele olhou diretamente nos meus olhos e deu um pequeno sorriso.



‘Felizmente, meu amigo me salvou de fazer algo inominável!’ Eu

observava o nó na garganta de todos na platéia enquanto aquele rapaz popular e bonito contava a todos sobre aquele seu momento de fraqueza.



Vi sua mãe e seu pai olhando para mim e sorrindo com a mesma

gratidão.



Até aquele momento eu jamais havia me dado conta da profundidade do sorriso que ele me deu naquele dia.



Nunca subestime o poder de suas ações. Com um pequeno gesto você

pode mudar a vida de uma pessoa.

Deus nos coloca na vida dos outros para que tenhamos um impacto,

uns sobre o outro de alguma forma.



PROCURE O BEM NOS OUTROS!



(Extraído)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Consumo e sustentabilidade




O conceito de sustentabilidade deve transcender as ações isoladas. Trata-se de repensar a condição do homem como parte de um sistema maior.




Ou seja, ao ser habitante do planeta, precisa pensar em sua conservação e ao não o ser sozinho, precisa repensar em suas relações com os outros. Sendo assim, é necessário pensar de maneira holística, dentro dos âmbitos social, político, econômico e ambiental.
O padrão de consumo capitalista é totalmente contrário à lógica sustentável. No modelo atual, as relações sociais são destruídas, pois o sistema capitalista depende de uma dinâmica social especifica. A forma de produção é totalmente irresponsável do ponto de vista ambiental e econômico, além de agredir as relações psicológicas e existenciais dos indivíduos.
O capitalismo tem em suas bases uma série de aliados que o fizeram triunfar como modelo dominante. Entre estes pilares de sustentação está o desenvolvimento tecnológico, que dá subsídios para a criação dos mais diversos e impensáveis produtos. Estes produtos não são criados por acaso, eles têm o objetivo de manter a máquina ligada, de dar ao capitalismo condições de criar necessidades e anseios variados nos consumidores. A mídia como vitrine dos mais variados padrões de vida, estampados nas vidas das celebridades e personalidades públicas.
Existe ainda o discurso da globalização, que visa criar uma aldeia global, sem fronteiras e sem barreiras para o consumo, ou seja, as raízes capitalistas rompendo as barreiras culturais, de tempo e de espaço. Um exemplo disso está na China, país essencialmente naturalista, que com a abertura das fronteiras recebeu muitos restaurantes fast-food e vive hoje um problema alarmante: o sedentarismo. Pesquisas mostram que ela já possui 200 milhões de pessoas acima do peso, 97% a mais do que há 12 anos. Ou até mesmo nos Emirados Árabes, que vivem hoje uma crise demográfica em que mais de 80% da população é estrangeira, responsável pela mão de obra qualificada e pelo desenvolvimento dos últimos anos.
A oferta de uma felicidade baseada no ter é que faz do capitalismo o ideal para a maior parte dos individuos, pois aqueles que estão desfrutando de uma posição favorável são incentivados a manter um discurso individualista e de ostentação, enquanto que os “excluidos” são parte importante do sistema, na sua eterna busca de “mudar de vida” e por representar o medo para uma elite que não quer estar em seu lugar.
A intenção do discurso sustentável não é erradicar o consumo, mas toná-lo algo saudável como todas as práticas da vida humana devem ser. O consumo é essencial para a sobrevivência do ser humano, é importante consumir água, energia, alimentos, roupa, lazer, cultura, etc... Mas, segundo o Instituto Akatu (conheça link: http://www.akatu.org.br/), a reflexão deve estar no como consumir .
Além disso, o padrão de felicidade criado por toda essa maquina, baseado no ter para ser, agride as relações psicológicas dos indivíduos. A criação de desejos e as mentiras nas promessas de satisfação geram ciclos cada vez mais complexos de demandas. Sob a ótica psicanalítica, ao conhecer sua falta existencial, o indivíduo passa a entendê-la e conviver com ela, sendo mais responsável nas suas escolhas e ciente de si.
Enfim, a única maneira de viver dentro deste sistema é tornar-se consciente de suas reais necessidades e de que nenhum produto criado pelo capitalismo pode suprir demandas que vão além das necessidades básicas e físicas do ser humano, ou seja, nenhum material pode satisfazer questões existenciais e inconscientes. Essa linha de raciocínio vai ao encontro da visão do Instituto Akatu para um consumo sustentável, que foi batizada de 4rs. O primeiro é o Repensar - Repensar-se como ser humano e no ato de consumo, conhecer-se - Essa reflexão leva naturalmente ao 2° R: Reduzir, porque não se precisa de tudo o que está se consumindo; Reutilizar, pois algumas coisas podem ser utilizadas continuamente, sem precisar comprar de novo; e reciclar, dado os enormes impactos que a reciclagem tem sobre a sociedade e o meio ambiente .

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A doce riqueza da Lei do Senhor

A lei do SENHOR é perfeita e refrigera a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e alumia os olhos.
O temor do SENHOR é limpo e permanece eternamente; os juízos do SENHOR são verdadeiros e justos juntamente. Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos. Também por eles é admoestado o teu servo; e em os guardar há grande recompensa. Salmo 19.7-11

Parece que sempre que ouvimos a palavra Lei tendemos a pensar em rigidez, insensibilidade e rigor. Na verdade a Lei tem dois lados: o da punição da injustiça – onde o rigor e a rigidez têm seu lugar – e o da recompensa, o prêmio da justiça.

Mas a descrição da Lei do Senhor no Salmo 19 – salmo de Davi - não enfoca aqueles severos adjetivos. Pelo contrário, as referências à Lei do Senhor remetem à perfeição que renova a alma, à fidelidade que enche as pessoas de sabedoria, à justiça que alegra o coração, à pureza que esclarece a mente e doa eternidade. A Lei do Senhor é descrita como verdadeira e justa a ponto de ser mais desejada que o ouro fino e mais doce que o mel dos favos.

Quanto à ação da Lei, ela admoesta seus servos. Ora, o que é admoestar? Admoestar é repreender branda e benevolamente, benignamente, denunciando o mal feito e recomendando muito o bem a fazer. Mesmo em face de seu maior rigor ela corrige de forma meiga, afável, leve e suave aos servos de Deus.

Além disso, o salmista Davi afirma que aquele que guarda, obedece, cumpre a Lei terá grande recompensa. A palavra recompensa, no hebraico, refere-se à conseqüência, isto é, o resultado natural, provável ou forçoso sobre a vida de quem se submete à Lei do Senhor. O fato é que guardar a Lei traz benefícios para a vida. E uma grande recompensa, não é uma recompensa comum!

Por outro lado, há na Bíblia muitos exemplos sobre a tristeza e desgraça causada pelo desprezo da Lei de Deus, no entanto, o caso que passo a contar demonstra a importância de atentarmos para Lei do Senhor, refletida nas regras sociais, sempre e em todas as ocasiões.

Certa vez um jovem, querendo impressionar sua namorada, após algumas latas de cerveja, convidou-a para nadar. Acontece que o dia já havia terminado. Ela logo perguntou onde poderiam nadar naquela noite e ele lhe disse que era na piscina do seu vizinho. Questionado se o vizinho tinha lhe dado permissão para isto, ele logo respondeu:

- Meu vizinho viajou com a família esta manhã. Não vai voltar tão cedo...

A garota, mesmo insegura, concordou em transpor com ele a cerca de altos arbustos sob forte escuridão. Ambos riam muito com a “aventura da transgressão”. O rapaz, mesmo nada enxergando, começou a se despir e caminhar para o fundo do quintal dizendo à namorada que daria um mergulho “olímpico” usando o trampolim encontrado com dificuldade, sobre o qual andou avisando que estava prestes a pular. A garota esperou rindo. Mas parou de rir quando ouviu um barulho estranho de um corpo se chocando contra o chão ao invés de águas em movimento.

A piscina estava sem água. O vizinho havia se aproveitado da viagem com a família para esvaziar a piscina. Como resultado o jovem fraturou a coluna e ficou paraplégico sofrendo o prejuízo por todo o restante de sua vida, acrescentando um fardo de dores para sua família unicamente por ter quebrado uma regra da Lei.

Maravilhosa é a Lei do Senhor que nos livra do mal e nos acumula de doces riquezas e grandes recompensas: “porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte”, Romanos 8.2.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Meu conceito sobre Deus

Quem é Deus? Está pergunta é tão antiga quanto o homem racional.
A resposta nos foi dada por Deus através de sua auto revelação bíblica, ou seja: Deus É.

Não fomos nós que descobrimos a Deus, mas foi Ele que se revelou a nós, nos mostrou como Ele é, o que fez e o que quer e que espera de nós. Ele é, independente de nossos conceitos, ou seja, não é o que nós pensamos que molda a personalidade ou o caráter de Deus, antes, ao contrário, Ele é o oleiro e nós o barro, Ele é que nos molda, nos forma, segundo os seus propósitos. (Is 64: 8 e Rm 9: 20). Somos o resultado da obra de suas mãos de seu poder criador.

Deus é o criador. Criou o céu, a terra, e todas as demais coisas. Seu poder é transcendental pois sendo Espírito criou o mundo material (Hb 11: 3). Ele permanece soberano no mundo espiritual “mas a terra, reino material, deu-a Ele aos filhos dos homens” para que sobre ela governassem (Sl 115: 15 e 16). Por causa do pecado o homem perdeu a harmonia com Deus, e tornou-se cativo na terra, caindo também sobre ele o desconhecimento de seu Criador. Como Deus não pode mudar nem desobedecer seus próprios princípios e como tinha dado a terra aos “filhos dos homens”, para completar sua revelação e libertar o homem do cativeiro, teve que se fazer “filho do homem” e se manifestar na carne entre nós e isto o fêz em Jesus Cristo, o Verbo de Deus. (Jo 1: 14).

E foi o verbo manifestado na carne, o qual foi a revelação final de Deus; quem nos revelou que Deus é Espírito, e o que queria e o que esperava de nós. (Jo 5: 21 a 24). Quando a mulher na beira do poço perguntou a Jesus onde se deveria adorar, se em Samaria ou em Jerusalém, Jesus lhe respondeu dizendo: “Crê-me que a hora vem, que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pa. (21). Vós (samaritanos) adorais o que não sabeis, mas nós (judeus) adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus” (v.22), e completou dizendo: “mas a hora vem e agora é em que os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem (v.23). Deus é Espírito e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”. Portanto, Jesus revelou que Deus é Espírito e o que quer de nós é que sejamos espirituais, e que espera de nós que o adoremos em espírito e em verdade como Ele é.
Isso significa que para se revelar Deus desceu até nós, mas para que o adoremos nós temos que subir até Ele.

Para adorar a Deus a quem nós não vemos, querendo agradar-lhe, é preciso que nos elevemos da carne para o nível espíritual, onde Ele está (Rm 8: 8). Os antigos subiam aos montes para o adorar; nós temos que nos elevar até ao nível do espírito para o adorar. Se os samaritanos adoravam o que não sabiam como disse Jesus, hoje nós adoramos o que sabemos mas que não vemos, a não ser é claro pelos olhos da fé, pois a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem (Hb 11: 1). Deus quer adoração em espírito, e o que é adorar em Espírito?

Adorar em espírito é adorar pela fé (Hb 11: 6)

Porque sem fé é impossível agradar a Deus. É necessário que aquele que se aproxima de Deus para adorá-lo - e é adorando que nós aproximamos de Deus -, creia que Ele existe, e como crêr no que você não vê a não ser pelos olhos da fé? Nós cremos pela fé.
A adoração vem pela fé, a fé é que te leva a adorar a Deus e a crêr não só que Ele existe, que é real, é verdadeiro, mas que também é o galardoador dos que o buscam.

O que é ser galardoador?

É ser o dono da justiça, ser retribuidor, ser justo, é ser o que sabe julgar e dar a cada um conforme o seu merecimento, o seu mérito, dar o prêmio na medida exata (Pv 13:13 e 21 - Ap 11:18 e 22:12)
Concluindo, adorar em espírito é adorar pela fé; adorar em verdade é adorar com conhecimento, sabendo a quem você está adorando, praticando assim o chamado culto racional de Rm 12: 1, que é segundo o apóstolo Paulo, o tipo de culto que Deus espera que nós pratiquemos para lhe agradar.

Deus é quem estabelece todas as coisas, o homem tenta conforme seus conceitos pessoais, como fez Caim, criar formas para que pelos seus próprios esforços e imaginação possa agradar a Deus (Gn 4:3 a 5). Deus, entretanto, se agrada que façamos tudo obedecendo às suas determinações e não aos nossos conceitos particulares, pois Ele É o que É.

Isso significa abrirmos mão do que pensamos e concordarmos com os conceitos estabelecidos por Deus, concordando que Ele os determinou para que os cumpramos com alegria assim como eles são; submetendo nosso entendimento e vontade a Ele. Não fomos nós que criamos a Deus para Ele que faça a nossa vontade; mas Ele nos criou para que nós façamos a sua vontade. E isso faremos, se Deus nos permitir (Tg 4:13 a 15)