Quem é Deus? Está pergunta é tão antiga quanto o homem racional.
A resposta nos foi dada por Deus através de sua auto revelação bíblica, ou seja: Deus É.
Não fomos nós que descobrimos a Deus, mas foi Ele que se revelou a nós, nos mostrou como Ele é, o que fez e o que quer e que espera de nós. Ele é, independente de nossos conceitos, ou seja, não é o que nós pensamos que molda a personalidade ou o caráter de Deus, antes, ao contrário, Ele é o oleiro e nós o barro, Ele é que nos molda, nos forma, segundo os seus propósitos. (Is 64: 8 e Rm 9: 20). Somos o resultado da obra de suas mãos de seu poder criador.
Deus é o criador. Criou o céu, a terra, e todas as demais coisas. Seu poder é transcendental pois sendo Espírito criou o mundo material (Hb 11: 3). Ele permanece soberano no mundo espiritual “mas a terra, reino material, deu-a Ele aos filhos dos homens” para que sobre ela governassem (Sl 115: 15 e 16). Por causa do pecado o homem perdeu a harmonia com Deus, e tornou-se cativo na terra, caindo também sobre ele o desconhecimento de seu Criador. Como Deus não pode mudar nem desobedecer seus próprios princípios e como tinha dado a terra aos “filhos dos homens”, para completar sua revelação e libertar o homem do cativeiro, teve que se fazer “filho do homem” e se manifestar na carne entre nós e isto o fêz em Jesus Cristo, o Verbo de Deus. (Jo 1: 14).
E foi o verbo manifestado na carne, o qual foi a revelação final de Deus; quem nos revelou que Deus é Espírito, e o que queria e o que esperava de nós. (Jo 5: 21 a 24). Quando a mulher na beira do poço perguntou a Jesus onde se deveria adorar, se em Samaria ou em Jerusalém, Jesus lhe respondeu dizendo: “Crê-me que a hora vem, que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pa. (21). Vós (samaritanos) adorais o que não sabeis, mas nós (judeus) adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus” (v.22), e completou dizendo: “mas a hora vem e agora é em que os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem (v.23). Deus é Espírito e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”. Portanto, Jesus revelou que Deus é Espírito e o que quer de nós é que sejamos espirituais, e que espera de nós que o adoremos em espírito e em verdade como Ele é.
Isso significa que para se revelar Deus desceu até nós, mas para que o adoremos nós temos que subir até Ele.
Para adorar a Deus a quem nós não vemos, querendo agradar-lhe, é preciso que nos elevemos da carne para o nível espíritual, onde Ele está (Rm 8: 8). Os antigos subiam aos montes para o adorar; nós temos que nos elevar até ao nível do espírito para o adorar. Se os samaritanos adoravam o que não sabiam como disse Jesus, hoje nós adoramos o que sabemos mas que não vemos, a não ser é claro pelos olhos da fé, pois a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem (Hb 11: 1). Deus quer adoração em espírito, e o que é adorar em Espírito?
Adorar em espírito é adorar pela fé (Hb 11: 6)
Porque sem fé é impossível agradar a Deus. É necessário que aquele que se aproxima de Deus para adorá-lo - e é adorando que nós aproximamos de Deus -, creia que Ele existe, e como crêr no que você não vê a não ser pelos olhos da fé? Nós cremos pela fé.
A adoração vem pela fé, a fé é que te leva a adorar a Deus e a crêr não só que Ele existe, que é real, é verdadeiro, mas que também é o galardoador dos que o buscam.
O que é ser galardoador?
É ser o dono da justiça, ser retribuidor, ser justo, é ser o que sabe julgar e dar a cada um conforme o seu merecimento, o seu mérito, dar o prêmio na medida exata (Pv 13:13 e 21 - Ap 11:18 e 22:12)
Concluindo, adorar em espírito é adorar pela fé; adorar em verdade é adorar com conhecimento, sabendo a quem você está adorando, praticando assim o chamado culto racional de Rm 12: 1, que é segundo o apóstolo Paulo, o tipo de culto que Deus espera que nós pratiquemos para lhe agradar.
Deus é quem estabelece todas as coisas, o homem tenta conforme seus conceitos pessoais, como fez Caim, criar formas para que pelos seus próprios esforços e imaginação possa agradar a Deus (Gn 4:3 a 5). Deus, entretanto, se agrada que façamos tudo obedecendo às suas determinações e não aos nossos conceitos particulares, pois Ele É o que É.
Isso significa abrirmos mão do que pensamos e concordarmos com os conceitos estabelecidos por Deus, concordando que Ele os determinou para que os cumpramos com alegria assim como eles são; submetendo nosso entendimento e vontade a Ele. Não fomos nós que criamos a Deus para Ele que faça a nossa vontade; mas Ele nos criou para que nós façamos a sua vontade. E isso faremos, se Deus nos permitir (Tg 4:13 a 15)
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