Os acontecimentos deste tempo não são fáceis de enfrentar. Embora a violência, as injustiças e os sofrimentos sempre tenham existido, hoje convivemos com um volume maior deles ao nosso redor. Mas, ao invés de assumir uma atitude pessimista, podemos tomar algumas providências fundamentais. Umas delas é procurar viver uma espiritualidade saudável. Sim, porque há espiritualidades não saudáveis, que mais desonram e destroem o ser humano do que o favorecem.
O bom senso nos orienta a tomarmos algumas posturas adequadas para obter uma espiritualidade saudável:
1. Definitivamente dar menos valor às coisas materiais e efêmeras
A vida vale mais do que um produto, mais do que as riquezas, mais do que as posições sociais. Quando colocamos estas coisas acima da vida enveredamos pela ladeira destrutiva do engano, da ganância que gera insatisfação, na contramão da espiritualidade verdadeira.
2. Tomar a corajosa deliberação de reconhecer e valorizar o que é eterno
Em nosso interior há uma forte percepção de que a vida vai além da curta história que podemos escrever nesta terra. Convivemos com valores que se mostram tão ricos que não fariam sentido se fossem temporais. Assim é o amor, a amizade, a boa lembrança, os laços de alma, a solidariedade. São riquezas espirituais da alma cujos valores se estendem para além de nossa própria vida.
3. Com rigor e critério buscar conhecimento espiritual numa fonte digna de crédito
Nem sempre as argumentações e explicações ditas espirituais procedem de fonte confiável. Há mananciais tão contaminados que desfiguram a beleza de uma espiritualidade saudável. Não raro vemos pessoas que em troca de alguns benefícios na vida põem a perder a família, a saúde física, o domínio próprio, além dos bens e o futuro, por uma espiritualidade falsa e nociva, indigna do propósito para o qual existimos.
4. Atender às palavras de quem tem autoridade espiritual comprovada
Ninguém deve crer às cegas em qualquer afirmação por mais confortante ou coerente que pareça. É indispensável que se comprove a fonte de poder que legaliza as afirmações dirigidas à nossa alma.
No entanto, podemos questionar: se no âmbito material, tangente, já temos tantos enganos, dúvidas e incertezas, quem nos garante, o conhecimento das verdades necessárias para alcançar a saúde espiritual? O ambiente espiritual que parece não tangente e obscurecido poderia ser esclarecido? A solução seria filosófica, científica, humanitária ou religiosa?
Permita-me apresentar-lhe algumas respostas para sua avaliação com base não na Filosofia, ou Ciência na prática humanitária ou na Religião, mas nas palavras, no caráter e na conduta de uma pessoa que, em nossos dias, precisamos voltar a descobrir e conhecer: Jesus, o Galileu de Nazaré.
Quanto às coisas materiais e efêmeras comparadas ao valor da vida, ele disse: Que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma? (Mateus 16.26) Jesus afirma que nossa vida é eterna e vale mais do que posições ou bens materiais. Tanto assim que ele se dispôs a dar sua própria vida para resgatar a nossa.
Quanto à valorização das coisas eternas ele disse: Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual eu lhes darei (João 6.27); Eu lhes dou a vida eterna, e... jamais perecerão (João 10.28). Ele teve o firme propósito de não nos deixar acomodados ao pensamento de que somos transitórios. Ele nos lembrou que a eternidade está impressa em nosso espírito e que não devemos desprezá-la.
Quanto à credibilidade da fonte do conhecimento espiritual ele afirmou: Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão (Lucas 21.33). Mesmo sem ser lida ou conhecida, a Bíblia é injustamente alvo do descrédito de muitos. Porém, todo aquele que quiser por à prova a credibilidade deste documento se surpreenderá com a quantidade e qualidade de evidências documentais que a tornam digna de crédito. O que torna este livro espiritual são suas características únicas, especialmente o caráter profético evidente a qualquer questionador sincero em busca da verdadeira espiritualidade. Por exemplo, no Antigo Testamento há mais de trezentas profecias detalhadas, a respeito de Jesus e de sua vida, escritas há dezenas de séculos antes de seu nascimento e que se cumpriram pormenorizadamente.
Quanto à autoridade comprovada, ele disse: Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra (Mateus 28.18). Ele disse isto após ressuscitar, ou seja, vencer a morte, e quem vence a morte tem autoridade para dizer o que é a verdadeira espiritualidade. Ele disse ainda: Mas, para que vocês saibam que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados - disse ao paralítico - eu lhe digo: Levante-se, pegue a sua maca e vá para casa. Imediatamente ele se levantou na frente deles, pegou a maca em que estivera deitado e foi para casa louvando a Deus (Lucas 5.24,25). Até as curas que fazia tinham a finalidade de mostrar a todos que ele tinha autoridade para desfazer o elemento que separa nossa vida de Deus: o pecado. O apóstolo Paulo disse dele: Pois em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade... (Jesus) é o Cabeça (Governo) de todo poder e autoridade (Cl 2.9,10). Qualquer argumento ou revelação espiritual oriunda de subalternos que discordem das palavras de Jesus não possui credibilidade nem autoridade divinas, por isto é preciso comprovar tanto a fonte quanto a autoridade de afirmações espirituais.
Deus é espírito, portanto é o maior interessado em que tenhamos uma espiritualidade saudável. Você tem garantias das fontes e da autoridade das diretrizes espirituais que orientam a sua vida? Você tem certeza de que elas são dignas de crédito? Você tem meios para comprovar a fidelidade das escolhas espirituais que fez? Se não temos como confrontar e aquilatar as bases de nossa espiritualidade, não haverá saúde nela.
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